Thursday, May 31, 2012

Fotos do workshop Henry Ho

Valews galera! Agradeço a todos que compareceram no workshop! Foi o primeiro de vários que pretendemos fazer em nossa escola. 
O tema do workshop: o trabalho do guitartech em eventos, consultorias de equipamentos, desenvolvimento de produtos e cursos.
 Eu e o Wilson Cachorrão (técnico de cordas do Lobão), falando sobre mercado e artistas.
O produtor de shows Fernando dando uma "palhinha" e divulgando o próximo show!
Ferramentas, dispositivos, gambiarras e traquitanas!
 O set-list do workshop!

Monday, May 21, 2012

Unisonic & Gotthard Brazil tour 2012

Sexta feira é o dia da semana que envolve muitas místicas e superstições, mas por outro lado é a véspera do aguardado finde e merecido descanso de muitos. Sexta feira é o dia também de ficar parado no trânsito (que eu considero um verdadeiro sortilégio urbano...mas deixa pra lá...), sexta é dia de show! Aliás, show bastante aguardado!
Gotthard e Unisonic! Ambas as bandas cercadas de expectativas. Gotthard com novo vocalista (Nic Maeder) que substitui Steve Lee (morto tragicamente num acidente de moto). E Unisonic...banda nova com integrantes contrariamente novos: Michael Kiske e Kai Hansen (ambos ex Helloween), Mandy Meyer (Krokus, Asia e Gotthard), Dennis Ward e Kosta Zafiriou (Pink Cream 69). Lógico que 777% das expectativas em relação ao Unisonic é sobre Michael Kiske!
Cheguei no HSBC Hall as 9 da madrugada! E logo de cara ajudei a descarregar o backline fornecido pela Só Palco. Só teve uma vez que descarreguei uma quantidade similar de cases e mais cases...foi no show do Yngwie Malmsteen...mas eu era BEM mais novo...
Pois é, o mapa de palco que foi enviado aos promotores era o mesmo do festival Loud Park realizado em outubro de 2011 no Japão...Ou seja, palco recheado de 8 cabeçotes Marshall e 14 gabinetes (6 caixas retas e 8 caixas anguladas). É...como disse meu amigo Pedro Hernandes, "o metal ainda é um estilo onde existe glamour". Concordo total!
Na foto da sequência, uma vista geral da preparação do palco: bateria sendo preparada pelo Léo Soares (excelente tech que tive a honra de conhecer) e os gabinetes perfilados e muito trampo pela frente, pelos lados, atrás...em cima (luzes) e embaixo (pistas).
Logicamente que quando as bandas chegaram, mudamos o layout de palco para a passagem de som. A estratégia é simples. A banda de abertura faz o soundcheck por último. Desta forma, o layout de palco fica "automaticamente" pronto para a apresentação da banda que é "opening act". Resumindo, Unisonic (sem Kiske) passou o som primeiro e depois o Gotthard! 
Na foto abaixo, o monitor desk do lado esquerdo (perspectiva de quem está em cima do palco) e note os baixos do Dennis Ward (Unisonic) Marc Lynn(Gotthard), as guitarras do Freddy Scherer e Mandy Meyer.
Aqui na foto seguinte, a "torture room" do lado direito com as guitarras Flying V do Kai Hansen e as Gibson Les Paul do Leo Leoni.
Do lado esquerdo (perspectiva de quem está na platéia), colocamos o equipamento do tecladista Ernesto Ghezzi do Gotthard. Um piano Yamaha controlador, um CX3 da Korg, laptop Mac e interfaces.
E a bateria do Gotthard teve que ficar na frente da bateria do Unisonic. Ambas sobre praticáveis (do Gotthard com rodinhas para rápida remoção durante a transição das bandas).
E na foto seguinte, o palco do Gotthard! Achei "dahora" o backdrop e os adereços colocados nos gabinetes das caixas Marshalls! Amplificadores Ampeg SVT2 de baixo com gabinetes 8 x10.
Passagem de som do Gotthard!
Aqui embaixo...uma foto da platéia!
E aqui, na foto seguinte...eu encaixando o cabo de força do Korg CX3 do tecladista Ernesto (Gotthard). Por "encreça que o parível"...o teclado deu mais trabalho que as guitarras. Sabe quantos tecladistas precisam para trocar uma lâmpada? Resposta: 4
1 para trocar a lâmpada (reclamando da lâmpada), 1 para trazer a escada (reclamando que foi pegar a escada sozinho), 1 para segurar a escada (reclamando da escada) e finalmente o último que reclama do jeito que tudo está sendo feito!
E olha o set list dos caras:
Piadas a parte...show do Gotthard foi fodástico de bom! Repertório coeso, timbres sensacionais e o cantor novo mandou bem! Por mim, poderiam ter tocado mais e mais...
A transição de uma banda para outra foi tranquila (guardadas as devidas proporções)...porque quem vê ou viu...achou tenso (opiniões coletadas depois do show)! Mas tiramos os teclados, parafernália e o praticável com a bateria em tempo hábil. Ou seja, além de tirar o gear do Gotthard, tivemos que movimentar os gabinetes para o layout do Unisonic, mudar os microfones dos gabinetes, alterar a configuração dos gabinetes de falantes, colocar o set list novo, colocar os efeitos no chão, abastecer o palco com água e toalhas, abastecer os pedestais com palhetas e trocar a posição do head do baixo de lugar...entre outros. Enquanto o Léo desmontava a bateria do Gotthard no backstage, fui mandando bala no palco do Unisonic e depois fui ajudar a levar o restante das coisas do teclado (junto com o Pedro) para serem devidamente guardadas.
E o show do Unisonic começou no horário previsto e a banda mandou músicas do álbum de estréia. Michael Kiske mostrou porque ainda é um dos melhores vocalista de metal melódico (provavelmente, o melhor)...o gogó do cara está em dia e sem exageros...está melhor que quando era novo!
Aqui embaixo, uma foto "from backstage" do Unisonic.
E na foto seguinte, uma foto da platéia!
o set list do Unisonic:
Nem precisa falar que tinha um MONTE de tiozão chorando na March of Time e depois na Future World e I Want Out...out...out (com delay...hahahahahaha!!!). Sim, o Kiske deu aquele agudo sensacional no final da I Want Out...out...out...Foi perfeito. O cara é foda!
Ambos os shows muito bons. Galera curtiu e nada de problemas técnicos. Apenas coisas rotineiras e normais de timbres e ajustes de monitoração, sussabilidade total!
Terminado o show...o pior momento: arrumar tudo e todo o palco. Mas a sensação de "dever cumprido" é orgasmatrom! E trabalhar com a Freepass, Pedrão, Léo e o pessoal do HSBC Hall...é sempre uma honra! Ótimo também rever muitos amigos na platéia.
Alguns fatos insólitos:
Tava dando um rolê nas imediações do HSBC, antes do show e fui abordado por um indivíduo com aspecto de tiozão que perguntou se eu era da produção. Respondi que não, apenas da área técnica. O tal me pede para interceder na troca do convite de pista comum para pista VIP - alegando ser da Revista Rock Brigade e pedindo melhores condições para a reportagem. 
Diante da minha recusa, meu desdém e o fato de dizer a ele que não conhecia a revista...o referido passou a brandar em alto tom - o absurdo do meu desconhecimento da tal "renomada" publicação. Logicamente que deixei o sujeito falando sozinho...e fui cuidar do meu trabalho.
Outro fato: fans me abordando com as seguintes frases: are you spekinglish? ou feeling english?
Definitivamente, me divirto com essas coisas! 
E o guitarrista Leo Leoni(Gotthard) me deu esses souvenirs quando conversei um pouco com ele (em italiano!) depois do jantar! Grazie Leo! Sono lieto di vederla! Ci vendiamo!
Excelentes vídeos da apresentação do Gotthard e Unisonic!




Próximo show? Provavelmente meus amigos do Raven da Inglaterra com abertura das meninas da Nervosa! Será dia 17 de junho no Club Clash, apareçam e prestigiem! 
Créditos: fotos da platéia by Litha Willenorf

Tuesday, May 15, 2012

No Use For a Name - Brazil Tour 2012

Depois do LM.C. fiz o show da banda californiana No Use For a Name, banda de hardcore, uma das mais populares da cena, junto com os antecessores: Offspring, Pennywise e Bad Religion. A tour começou em Fortaleza (dia 11 de maio) e São Paulo - no Carioca Club (12 de maio). A preparação para o show foi exaustiva. Assisti vários vídeos pelo You Tube para ver o posicionamento do backline, ver os instrumentos, conferir os detalhes de performance e familiarizar com o repertório. Quem viu as fotos que postei no Facebook, notou que mudei minha equipe. Com exceção do LM.C, os 3 shows anteriores, mantive a mesma turma de trabalho. Desta vez, resolvi levar uma trupe nova com 2 novatos, alunos do Curso de Técnicos de Palco e Roadies. A equipe antiga era formada pela galera que está comigo no dia-a-dia, na escola. A principal razão da mudança é justamente poupá-los da dupla jornada. Afinal, não é fácil ter que me aguentar como chefe no cotidiano e reincidir da mesma maneira, fora da escola. Sempre mantive um "estilo" de trabalhar com as pessoas mais próximas (as que estão normalmente comigo na escola) e neste caso: reconheço que os sobrecarreguei. Então resolvi mudar e deixá-los descansar e curtir os dias de folga . E assim, dou chance e oportunidade também para os novatos. De qualquer forma, agradeço a minha antiga equipe por me aguentarem...porque...não deve ter sido fácil dobrar a jornada.
Na nova equipe, escolhi o Felipe Makiyama que é meu aluno de luthieria e toca bateria. Ou seja, é versátil, só não tem experiência. Chamei o Rafael Turri que trabalha na Caimbé. Ele tem um bom conhecimento técnico em cordas e fala inglês. Recrutei o Elias Aftim, proprietário da Escola/Studio Latitude: fala inglês, tem bastante experiência - já trabalhou como roadie e é encarregado pelas baterias.
Mas não é arriscado levar 2 novatos justamente num show internacional? Sim, mas eu também comecei assim. Por que não dar a chance a eles, sem antes treiná-los exaustivamente? Foi o que eu fiz e deu certo! A banda aprovou, os produtores aprovaram e eu aprovei.
Chegamos cedo no Carioca, logo de manhã. Os horários foram antecipados para facilitar a logística e porque a agenda da banda (oriunda de Fortaleza) foi antecipada. Enquanto a empresa de som do meu bro Jefferson montava o PA, recebemos o backline da Só Palco e iniciamos a montagem do palco.
Basta levantar o equipamento no palco e seguir a disposição pedida no rider da banda. O produtor Fernando e as duas assistentes Litha e Mary montavam os camarins dos técnicos, banda e produção. 
Elias e Felipe montaram a bateria no praticável. Eu e Rafael montamos os amplificadores: 3 x Head Mesa Boogie Dual Rectifier, 2 x caixas Mesa Boogie 4 x 12, 2 x Head Gallien Krueger 800RB e um gabinete Ampeg 8 x10. Na foto abaixo, eu com a guitarra do vocalista Tony Sly, mandando uns timbres nos canais do amplificador.
Montei o rack com as guitarras e "a casa do roadie" atrás dos amplificadores. Troquei as cordas da Gibson Explorer e decidi deixar o encordoamento da Les Paul intacto porque ainda estava bom (também pela pouca quantidade de encordoamentos extras). A banda não trouxe instrumentos reservas...ou seja, minha decisão de trazer uma guitarra foi acertada. E pela agenda que me foi passada em primeira instância, minha intenção era utilizar a minha guitarra para passar o som e deixar os timbres próximos do ideal. Na foto seguinte, o rack com as guitarras e guitarra azul que levei para o show! E utilizei encordoamentos da NIG .011 e cabos Tecniforte para a passagem de som.
Na foto abaixo, nossa mesa de trabalho e a guitarra Gibson Les Paul do Tony Sly...que tem um timbrão dahora bastante encorpado!
Economizei a Ernie Ball e coloquei NIG, eles curtiram!

Elias na bateria e Felipe Makiyama ao lado....Ambos deram conta do recado e novamente utilizamos o "famoso" tapete do Fernando pra segurar a bateria sobre o praticável! Durante o show tive que usar parafusos para segurar um dos pedestais de prato. Sorry Fernando!
E falando em pratos....o baterista Boz Rivera, simplesmente esqueceu os pratos da bateria dentro da van. Mas em Fortaleza, a caminho do aeroporto, no embarque para São Paulo. O produtor Rodrigo teve que "abortar" o próprio embarque e recuperar os pratos. Rodrigo chegou bem depois: 10 minutos antes do show! Teve que remarcar vôos, fazer conexões em outros aeroportos e tomar um chá de cadeira...inesquecível. Para a passagem de som, conseguimos pratos emprestados, mas não tinham muita condição para o show. Felizmente, deu tudo certo!
O soundcheck foi tranquilo e rápido. Foi pitoresco ver a uma banda de hardcore/punk, tocar Steve Wonder, Ozzy Osbourne, Judas Priest e Iron Maiden....!!!!!
Na foto seguinte, eu e o roadie deles alinhando os monitores para o Tony, que ficou rindo das 4 caixas na frente do microfone...tipo: "eu não preciso de tudo isso"!
Passando o som do baixo com o High Clear da Tecniforte!

Depois da passagem de som, o amigo Luciano Piantonni me ajudou a escrever o Set List (a mão mesmo) para a banda e equipe. Nos camarins... estava tudo tranquilo com a presença adicional dos outros produtores e assistentes: Murilo, Elber, André, Raquel e outros...
Pois é, a grande vantagem de montar tudo cedo e adiantarmos o soundcheck...é que sobra muito tempo para resolver eventualidades e tempo extra para descanso. Reuni a equipe e passei as instruções finais. Os pratos chegaram aos 48 do segundo tempo, Tony Sly fez uma frescurinha para entrar no palco e aos urros de No Use, No Use, No Use, a banda entrou!
Os caras tocam bem. Agitaram muito e são bastante carismáticos no palco. Desfilaram um monte de hits e a galera curtiu bastante. Não tivemos problemas maiores. Apenas o usual: cabos de guitarra e baixo enrolando, abastecimento constante de água e energéticos, pedestal de prato andando, pirulito do pedal de bumbo se desprendendo (apenas uma vez) e duas invasões de palco rapidamente contornadas! Em termos gerais, show tecnicamente perfeito, adrenalina em dose certa e público satisfeito!
Embaixo, Boz Rivera mandando bala...observado pelo Elias e o Felipe! O cara toca bem. É criativo em relação ao estilo! O baixista Matt é o mais agitado. Tony Sly (o vocal) tem um semblante
que lembra o Nicholas Cage e o outro guitarrista Chris, é muito quieto.
Eu e Felipe nas músicas finais...guardando energias para a desmontagem final do palco! Sim, trampo de roadie é \m/!
O insólito foi na última música do "bis"...o baterista Boz Rivera começou a passar mal e vomitou. Alertado pelo Felipe, fui em socorro com duas toalhas...e enquanto limpava o vômito (ughhhh), o baterista continuou tocando. Terminada a música, retiramos ele rapidamente - que felizmente, se recuperou depois....E olha nós na foto seguinte, depois do show!
Terminado o show, começamos a guardar os equipamentos da banda, desmontar o backline, descer tudo para baixo e entregar o gear para a Só Palco. A banda embarcaria para a Argentina as duas da manhã. Ou seja, saída rápida do Carioca Club para o hotel para um banho, jantar, breve descanso e aeroporto! Nos camarins, a banda tirou uma foto conosco: Elias, Felipe, eu, Rafael, Matt (o baixista), Tony Sly (vocal) e a Litha.
Antes do show, foto da equipe no palco: Mary, Litha, Moris, Fernando, Elias, Felipe, Rafael e eu!
Nos camarins, um pequeno incidente surreal, um conhecido vocalista de uma banda brasuca de hardcore pop, acendeu um "cachimbo" e o Moris - que é nosso segurança...enquadrou o "figura". Pois é, pra fechar a noite com emoções....mas o saldo 777% positivo prevaleceu. 
Entregamos a casa, os equipamentos, banda seguindo para o hotel, camarins desocupados e como de costume: finalizamos a noite com um jantar no Habib´s (pena que o Elias não pode ir...).
Próximo show: Unisonic e Gotthard no HSBC Hall, prestigiem e aguardem!

Poutzzzzz, olha a equipe no fundo desse vídeo!

Friday, May 11, 2012

LM. C. Brazil tour 2012

Oi galera! Temporada de shows começando e no final da semana passada, fui chamado para ser o interprete da banda japonesa de "visual key": LM.C.
Eles já estiveram aqui em 2009, tocaram no Santana Hall e tem muitos fãs aqui no Brasil!
Pois é, no início tentei indicar uma amiga para o trabalho, mas diante da impossibilidade da referida, resolvi fazer a "gig! Produção conjunta da All Access (link)do AC Dreffein ( não o via faz muito tempo, mas trabalhamos juntos com o Hammerfall, Stratovarius e Magnus Rósen) e da empresa Free Pass (link)
A agenda da banda incluiu as datas de 4 de maio (chegada em São Paulo, oriundos do Chile), 5 de maio (show) e 6 de maio (partida para Bogotá, na Colômbia). Ou seja, quase 3 dias de trabalho e boa oportunidade de falar japonês novamente!
No aeroporto, acho que o personal manager deles, Kazuhito Kusaka, tomou um susto quando disse que era brasileiro, que vivi em Tokyo e trabalhei numa das mais tradicionais lojas de instrumentos musicais - do grupo Kurosawa Gakki. Os técnicos idem...E assim quebrei um "gelo" tradicional da primeira impressão e da formalidade dos japas!
A comitiva da banda é composta de 11 pessoas: 
os líderes: o vocal Maya e o guitarrista Aiji.
 A galera que cuida da tour: personal manager Kusaka; a assistente dele Emiko; a maquiadora Choi. O técnico de som Shigeru Kawai e o técnico de guitarra/baixo Hiroaki Kato.
Sim, não tinha técnico de bateria....No show, fui o drumtech e apesar de detestar, até que curti fazer isso depois de tanto tempo!
A banda: o performer/DJ, Kenichiro Nakano, o baterista Keiichiro Nomura, o tecladista Masakatsu Minei e o baixista Satoshi Nishihira.
No primeiro dia (sexta feira), a banda chegou e fomos direto para o hotel (fiquei hospedado também) e depois churrascaria! E foi uma comilança sensacional! Comidas, carnes e sobremesas e até o pão de queijo embrulhado para viagem, causaram frisson nos japas. Evidentemente, me contive heroicamente e apenas exagerei acompanhando o AC, Heloisa e Kusaka, degustando uma torta de limão bem suculenta.
Saímos da churrascaria, passada banda larga numa loja de conveniência e voltamos para o hotel para descansar.
Dia de show, tomei café da manhã com os seguranças: Sombra e Edu. E fui com a banda para a montagem do palco. O backline já estava no local e a empresa Potenza, do meu amigo Felipe Capela estava no batente fazendo os preparativos para a montagem.
Na foto abaixo, a galera chegando no Carioca Club! Parecia uma convenção de hair stylist, dada a quantidade de cabelos coloridos entre outras coisas coloridas!
Bom galera, as fotos estão bem simples porque os japas não as autorizaram. Ou seja, apesar de ser uma determinação, eles estavam flexíveis - mas a restrição valeu para a audiência e para alguns dos técnicos. As poucas fotos que tirei, o personal manager Kusaka, me autorizou, contanto que não fossem feitas de frente e principalmente, fotos tirada dos líderes.
Na foto abaixo, os amplificadores: 2 cabeçotes Marshall JCM2000 e 2 caixas Marshall 4 x 12" . Bateria montada e o backdrop duplo como cenário para o show.
Amplificador de baixo: Ampeg SVT Pro e caixa Ampeg 8 x10 e bateria da DW.
 Na foto seguinte, a pedaleira do guitarrista Aiji - que é controlada pelo técnico de guitarra Kato. O guitarrista apenas controla um pedal de distorção para solos, afinador e um pedal de volume posicionados perto da caixa de retorno.
O técnico de guitarra também faz a montagem do set-up do tecladista: são 2 x laptops MAC, 1 laptop para timbres do teclado, 3 interfaces, 2 HDs portáteis, 2 decodificadores e os teclados. 
 Aqui na foto abaixo: o visual do backdrop da banda e a passagem de som da bateria.
Mais uma foto dos amplificadores. Tirei foto das guitarras, mas ficou bastante horrível. Então coloquei a foto do catálogo da ESP, o modelo assinatura do guitarrista Aiji. O desenho da guitarra foi feito por ele junto com um os luthiers da ESP. Os captadores: Seymour Duncan ponte JB e braço 59 model. A guitarra reserva tinha um "suspeito" arco íris como motivo de acabamento!!!

 Na foto seguinte, o início do soundcheck da bateria.
 Passagem de som da banda. Foi quase uma hora e meia de acertos. O guitarrista Aiji realmente tem ouvidos privilegiados e muita experiência. Deu trabalho acertar tudo, mas a recompensa foi justamente na hora do show: tudo perfeito e sem ajustes complementares. Eu e Felipe Capela da Potenza e o técnico de PA, Kawaisan...mandamos bem....modéstia a parte!
 Na foto seguinte, mais foto do soundcheck da LM. C. Bem legals! Lembrei dos shows que trabalhei no Japão...do jeito nipônico de fazer isso! Insano mais infalível na maioria das vezes!
 Galera pronta para o início do show! Fiquei 2 músicas na cabine de som com o Felipe. Depois na terceira música, fiquei atrás do baterista!
Fiquei posicionado atrás da bateria e atrás do DJ Nakano. Quem conhece o palco do Carioca Club sabe o quanto é apertado e "promíscuo" o mini espaço para os técnicos, atrás da bateria. Mas entre um aperto e outro, curti o show tranquilamente.
 Minha visão na maior parte do show: baterista, bateria, pedestais, pratos, microfones, cabos do click, pedais, baquetas e druuuuuuuuu pa-pa-pa pra-pra......splashhhhhhh!
 Fotinha do batera. Olha...fazia tempo que não trabalhava como técnico de bateria. Foi bom! E não tive muito trabalho. Ajustei 2 ou 3 pedestais durante o show e reposicionei o microfone do surdo em duas ocasiões...E reposição da água e gatorade. Muito tranquilo!
 Nesta foto abaixo, o baterista Nomura "mandando bala" numa música bem rápida. O cara toca superbem e foi elogiado pelo AC Dreffein (o tour manager) que também foi baterista da formação clássica da banda alemã Running Wild e recentemente da banda Lacrimosa.
No hotel, o baterista me agradeceu - porque na verdade, eu não tinha qualquer obrigação de ser o drumtech. mas sabe como é...atendi ao pedido do personal manager e isso sensibilizou-os bastante. De minha parte, foi bem legals...não sei ficar parado.
 Na foto abaixo, a minha visão do palco. Pois é, ser drumtech não tem muita perspectiva...você tem que estar totalmente concentrado na bateria, nas peças e no músico!
Set list da banda, esse list usei no show e depois dei para minha sobrinha Lyss, devidamente autografado pelo líderes: Maya e Aiji.
E na última música, antes do bis...eles me chamaram no palco para traduzir as mensagens que o vocalista Maya e o guitarrista Aiji queriam passar para o público. Foi algo surreal para mim porque nunca tinha feito algo similar...mas foi adrenalizante! Só depois que a ficha caiu...
No dia seguinte no hotel, duas meninas vieram para pegar autógrafos e me disseram: poxa, curti quando você traduziu eles no palco! Isso foi algo bastante recompensador...pelo fato de que estava quase 10 anos sem praticar o idioma de maneira intensa.
Depois do show, teve um meet & greet com fans selecionados e voltamos para jantar no hotel.
O jantar foi o momento de agradecimento da banda para o staff, promotores e nós. O guitarrista Aiji veio a mim e ficamos conversando sobre equipamentos, minha vivência no Japão e rolou um convite de vê-los em Tokyo em 2013. Bem legals!
No domingo, a banda partiu para a Colômbia dando seguimento a tour. Fui com o vocalista Maya no correio e ele disse: logo agora que começamos a ficar mais amigos, nos separamos...pois é...tour é isso.
Trocamos agradecimentos, contatos de Facebook, Twitter e espero revê-los novamente na estrada. Apesar de ser um estilo de som diferente do tipo que eu curto e normalmente trabalho - é sempre bom fazer novos amigos e ampliar nossas visões musicais.
Este sábado (dia 12/05) , estarei com a banda No Use For a Name, novamente no Carioca Club. Serei o stage manager e me acompanhando: o Elias do Studio Latitude, Felipe Makiyama e o Rafael Turri. Todos, alunos do curso de técnicos de palco e roadies. Elias já tem muita experiência, faz cordas e bateria. Felipe faz cordas e bateria e o Rafa será nosso corre-corre!
Até a próxima! abrax a todos!