Tuesday, May 15, 2012

No Use For a Name - Brazil Tour 2012

Depois do LM.C. fiz o show da banda californiana No Use For a Name, banda de hardcore, uma das mais populares da cena, junto com os antecessores: Offspring, Pennywise e Bad Religion. A tour começou em Fortaleza (dia 11 de maio) e São Paulo - no Carioca Club (12 de maio). A preparação para o show foi exaustiva. Assisti vários vídeos pelo You Tube para ver o posicionamento do backline, ver os instrumentos, conferir os detalhes de performance e familiarizar com o repertório. Quem viu as fotos que postei no Facebook, notou que mudei minha equipe. Com exceção do LM.C, os 3 shows anteriores, mantive a mesma turma de trabalho. Desta vez, resolvi levar uma trupe nova com 2 novatos, alunos do Curso de Técnicos de Palco e Roadies. A equipe antiga era formada pela galera que está comigo no dia-a-dia, na escola. A principal razão da mudança é justamente poupá-los da dupla jornada. Afinal, não é fácil ter que me aguentar como chefe no cotidiano e reincidir da mesma maneira, fora da escola. Sempre mantive um "estilo" de trabalhar com as pessoas mais próximas (as que estão normalmente comigo na escola) e neste caso: reconheço que os sobrecarreguei. Então resolvi mudar e deixá-los descansar e curtir os dias de folga . E assim, dou chance e oportunidade também para os novatos. De qualquer forma, agradeço a minha antiga equipe por me aguentarem...porque...não deve ter sido fácil dobrar a jornada.
Na nova equipe, escolhi o Felipe Makiyama que é meu aluno de luthieria e toca bateria. Ou seja, é versátil, só não tem experiência. Chamei o Rafael Turri que trabalha na Caimbé. Ele tem um bom conhecimento técnico em cordas e fala inglês. Recrutei o Elias Aftim, proprietário da Escola/Studio Latitude: fala inglês, tem bastante experiência - já trabalhou como roadie e é encarregado pelas baterias.
Mas não é arriscado levar 2 novatos justamente num show internacional? Sim, mas eu também comecei assim. Por que não dar a chance a eles, sem antes treiná-los exaustivamente? Foi o que eu fiz e deu certo! A banda aprovou, os produtores aprovaram e eu aprovei.
Chegamos cedo no Carioca, logo de manhã. Os horários foram antecipados para facilitar a logística e porque a agenda da banda (oriunda de Fortaleza) foi antecipada. Enquanto a empresa de som do meu bro Jefferson montava o PA, recebemos o backline da Só Palco e iniciamos a montagem do palco.
Basta levantar o equipamento no palco e seguir a disposição pedida no rider da banda. O produtor Fernando e as duas assistentes Litha e Mary montavam os camarins dos técnicos, banda e produção. 
Elias e Felipe montaram a bateria no praticável. Eu e Rafael montamos os amplificadores: 3 x Head Mesa Boogie Dual Rectifier, 2 x caixas Mesa Boogie 4 x 12, 2 x Head Gallien Krueger 800RB e um gabinete Ampeg 8 x10. Na foto abaixo, eu com a guitarra do vocalista Tony Sly, mandando uns timbres nos canais do amplificador.
Montei o rack com as guitarras e "a casa do roadie" atrás dos amplificadores. Troquei as cordas da Gibson Explorer e decidi deixar o encordoamento da Les Paul intacto porque ainda estava bom (também pela pouca quantidade de encordoamentos extras). A banda não trouxe instrumentos reservas...ou seja, minha decisão de trazer uma guitarra foi acertada. E pela agenda que me foi passada em primeira instância, minha intenção era utilizar a minha guitarra para passar o som e deixar os timbres próximos do ideal. Na foto seguinte, o rack com as guitarras e guitarra azul que levei para o show! E utilizei encordoamentos da NIG .011 e cabos Tecniforte para a passagem de som.
Na foto abaixo, nossa mesa de trabalho e a guitarra Gibson Les Paul do Tony Sly...que tem um timbrão dahora bastante encorpado!
Economizei a Ernie Ball e coloquei NIG, eles curtiram!

Elias na bateria e Felipe Makiyama ao lado....Ambos deram conta do recado e novamente utilizamos o "famoso" tapete do Fernando pra segurar a bateria sobre o praticável! Durante o show tive que usar parafusos para segurar um dos pedestais de prato. Sorry Fernando!
E falando em pratos....o baterista Boz Rivera, simplesmente esqueceu os pratos da bateria dentro da van. Mas em Fortaleza, a caminho do aeroporto, no embarque para São Paulo. O produtor Rodrigo teve que "abortar" o próprio embarque e recuperar os pratos. Rodrigo chegou bem depois: 10 minutos antes do show! Teve que remarcar vôos, fazer conexões em outros aeroportos e tomar um chá de cadeira...inesquecível. Para a passagem de som, conseguimos pratos emprestados, mas não tinham muita condição para o show. Felizmente, deu tudo certo!
O soundcheck foi tranquilo e rápido. Foi pitoresco ver a uma banda de hardcore/punk, tocar Steve Wonder, Ozzy Osbourne, Judas Priest e Iron Maiden....!!!!!
Na foto seguinte, eu e o roadie deles alinhando os monitores para o Tony, que ficou rindo das 4 caixas na frente do microfone...tipo: "eu não preciso de tudo isso"!
Passando o som do baixo com o High Clear da Tecniforte!

Depois da passagem de som, o amigo Luciano Piantonni me ajudou a escrever o Set List (a mão mesmo) para a banda e equipe. Nos camarins... estava tudo tranquilo com a presença adicional dos outros produtores e assistentes: Murilo, Elber, André, Raquel e outros...
Pois é, a grande vantagem de montar tudo cedo e adiantarmos o soundcheck...é que sobra muito tempo para resolver eventualidades e tempo extra para descanso. Reuni a equipe e passei as instruções finais. Os pratos chegaram aos 48 do segundo tempo, Tony Sly fez uma frescurinha para entrar no palco e aos urros de No Use, No Use, No Use, a banda entrou!
Os caras tocam bem. Agitaram muito e são bastante carismáticos no palco. Desfilaram um monte de hits e a galera curtiu bastante. Não tivemos problemas maiores. Apenas o usual: cabos de guitarra e baixo enrolando, abastecimento constante de água e energéticos, pedestal de prato andando, pirulito do pedal de bumbo se desprendendo (apenas uma vez) e duas invasões de palco rapidamente contornadas! Em termos gerais, show tecnicamente perfeito, adrenalina em dose certa e público satisfeito!
Embaixo, Boz Rivera mandando bala...observado pelo Elias e o Felipe! O cara toca bem. É criativo em relação ao estilo! O baixista Matt é o mais agitado. Tony Sly (o vocal) tem um semblante
que lembra o Nicholas Cage e o outro guitarrista Chris, é muito quieto.
Eu e Felipe nas músicas finais...guardando energias para a desmontagem final do palco! Sim, trampo de roadie é \m/!
O insólito foi na última música do "bis"...o baterista Boz Rivera começou a passar mal e vomitou. Alertado pelo Felipe, fui em socorro com duas toalhas...e enquanto limpava o vômito (ughhhh), o baterista continuou tocando. Terminada a música, retiramos ele rapidamente - que felizmente, se recuperou depois....E olha nós na foto seguinte, depois do show!
Terminado o show, começamos a guardar os equipamentos da banda, desmontar o backline, descer tudo para baixo e entregar o gear para a Só Palco. A banda embarcaria para a Argentina as duas da manhã. Ou seja, saída rápida do Carioca Club para o hotel para um banho, jantar, breve descanso e aeroporto! Nos camarins, a banda tirou uma foto conosco: Elias, Felipe, eu, Rafael, Matt (o baixista), Tony Sly (vocal) e a Litha.
Antes do show, foto da equipe no palco: Mary, Litha, Moris, Fernando, Elias, Felipe, Rafael e eu!
Nos camarins, um pequeno incidente surreal, um conhecido vocalista de uma banda brasuca de hardcore pop, acendeu um "cachimbo" e o Moris - que é nosso segurança...enquadrou o "figura". Pois é, pra fechar a noite com emoções....mas o saldo 777% positivo prevaleceu. 
Entregamos a casa, os equipamentos, banda seguindo para o hotel, camarins desocupados e como de costume: finalizamos a noite com um jantar no Habib´s (pena que o Elias não pode ir...).
Próximo show: Unisonic e Gotthard no HSBC Hall, prestigiem e aguardem!

Poutzzzzz, olha a equipe no fundo desse vídeo!

3 comments:

  1. Esquecer os pratos da bateria é sacanagem. E ainda tem a do vômito, não é nem um pouco fácil vida de roadie. Boa sorte na próxima...

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  2. Valews! Pois é....os pratos chegaram em cima da hora....e qto ao vômito...essa realmente foi fodas!

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  3. Puta que pariu Henry vc é foda rsrsrsrsrsrsrs rsrsrsrsrsrsrsrsrs pau no cú desses FDPs do caralho, banda de EMO vc quis dizer né rsrsrsrsrsrsrs queria ter dado um vale drinque nesse playboy do caralho

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